O trabalho do designer holandês Laurens van der Acker demorou a surgir na Renault, mas agora o sucessor de Patrick Le Clement começa a mostrar porque foi sacado da Mazda para ser o chefe de projetos da montadora.
Laurens assumiu uma tarefa difícil, dar uma cara uniforme aos modelos da Renault e também torná-los mais aceitáveis globalmente. Seu antecessor havia direcionado seu trabalho para soluções exóticas cujo apelo se restringia muito mais ao mercado francês.
Os primeiros produtos dessa nova fase são o Twingo reestilizado e os originais Zoe e Clio da 4ª geração. A principal característica de design desses veículos é a grade que se avoluma no centro para acomodar o logo da Renault. E é essa solução que veremos em breve no Fluence, o sedã médio que substituiu o Mégane Sedan em alguns mercados.
Criado pela subsidiária Samsung, o Fluence utiliza a plataforma do Mégane 3 europeu, mas é um veículo mais simples, voltado para um público emergente. Seu atual visual, no entanto, não “fala” com outros modelos da marca. Por isso, a reestilização pretende aproximar o sedã dos outros produtos franceses da Renault.
O Fluence já foi flagrado nos últimos meses em diversos países, mas ainda disfarçado. Na galeria de fotos, vemos o sedã clicado na Turquia por um blog local. O resultado final é esse que vocês vêem na projeção exclusiva feita para o iG. Como é possível notar, o visual do carro melhorou muito, o que é um ponto a mais na já positiva relação custo-benefício do Renault. A traseira, escondida nas fotos de segredo, deve ganhar apenas retoques leves. Já a frente terá luzes diurnas de LEDs numa solução semelhante a que a Citroën adotou no C3 nacional. Nesse caso, apenas as versões topo de linha do Fluence ganharão o recurso.
Bons resultados
A carreira do Fluence no Brasil tem sido positiva. Sem o mesmo apelo que alguns rivais como o Civic, Corolla e mesmo os novos Cruze e Jetta, o sedã da Renault tem vendido acima de mil unidades por mês e foi sempre muito elogiado pela crítica por seu preço mais acessível, grande pacote de equipamentos e parte mecânica, trazida da Nissan (motor 2.0 e transmissão CVT). A montadora planeja ampliar as versões no país. Uma delas já começou a chegar, com motor 1.6 16V e voltada para taxistas e órgãos governamentais. Perto do Salão do Automóvel será a vez do Fluence turbo, voltado para clientes que buscam mais esportividade.
Já a reestilização deve aparecer oficialmente durante o Salão de Paris, no final de setembro, e começar a ser vendida até o final do ano em outros países. Seguindo essa lógica, é razoável imaginar que a Renault introduza o Fluence reestilizado em meados de 2013 no Brasil, ou seja, quase três anos depois de lançá-lo aqui.
Fonte: iGCarros
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